Metamorfoses no ensino remoto de Geografia: a construção de oficinas do Google Earth do campo para as telas
DOI:
https://doi.org/10.33025/grgcp2.v10i20.3978Palavras-chave:
Ensino Remoto, Aula de Campo Virtual, Formação Docente, Ensino de GeografiaResumo
O ensino remoto até então distante de muitas realidades foi um meio adotado durante a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 por escolas da Educação Básica, e pelo Ensino Superior. Assim também ao longo do ano de 2021 foi a metamorfose pela qual o Projeto X vinculado a um programa de licenciatura da Universidade Y enfrentou. Como professores, professoras, e acadêmicos do Curso de Geografia ressignificam modos de ensinar e aprender Geografia diante do desafio das aulas remotas e do uso do Google Earth? Este texto tem por objetivo refletir sobre as aulas de campo, o processo de formação docente e a inserção do Projeto X no contexto das aulas e atividades remotas. A equipe planejou/aplicou oficinas remotas de Google Earth (GE) com o intuito de trazer o campo para as telas por meio de oficinas realizadas com graduandos do Curso de Geografia e demais licenciaturas da Universidade Y; com professores e professoras de Geografia da Rede Estadual e Municipal de Educação; e com estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Como resultados desta prática pedagógica foi possível entender que o GE pode ser utilizado em sala de aula como uma ferramenta didático-pedagógica para explorar o espaço geográfico, desde que haja estrutura física nas escolas e planejamento sobre como utilizá-lo em prol do processo de ensino e aprendizagem. Podendo também ressignificar alguns aspectos dos fazeres da docência durante o período remoto como a preparação das aulas; apropriação de diversos recursos pedagógicos; aproximações com o currículo de Geografia; mas principalmente o desenvolvimento de um processo de escuta e atenção aos grupos, e a criação de espaços de diálogo no ambiente virtual.
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