Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO <p align="justify"><span style="font-family: Noto Sans, apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, Helvetica Neue, sans-serif;">A </span><strong><span style="font-family: Noto Sans, apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, Helvetica Neue, sans-serif;">Giramundo</span></strong><span style="font-family: Noto Sans, apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Oxygen-Sans, Ubuntu, Cantarell, Helvetica Neue, sans-serif;">: Revista de Geografia do Colégio Pedro II é um periódico semestral que publica artigos, resenhas, entrevistas e práticas pedagógicas voltadas para o Ensino de Geografia e temas correlatos. Destina-se a professores da educação básica, licenciandos e pesquisadores da área.</span></p> <p><strong>ISSN</strong>: 2358-4467 | <strong>Ano de criação</strong>: 2014 | <strong>Qualis/CAPES</strong>: A3 (2017-2020)</p> Imperial Editora do Colégio Pedro II pt-BR Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2358-4467 Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br /><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/">Creative Commons Attribution License</a> que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li></ol> O campo de pesquisa em História da Geografia Escolar: entre arquivos, tradições seletivas e patrimônio escolar https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4750 <p>Apresentação do dossiê sobre História da Geografia Escolar. </p> Maria Adailza Martins de Albuquerque Diego Carlos Pereira Demian Garcia Castro Copyright (c) 2025 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 3 7 10.33025/grgcp2.v11i21.4750 Por que a escola ensina o que ensina? Indagações sobre as disciplinas escolares https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4747 <p>A escola nem sempre ensinou o que ensina, mesmo porque a configuração atual da escola é resultado de uma produção histórica. Durante muito tempo, o saber era considerado único e indivisível, não cabendo, portanto, fragmentá-lo em partes. Como foram, então, constituídas as disciplinas escolares e como se partilharam os conteúdos entre elas? Qual a natureza da relação entre as disciplinas escolares e as chamadas “ciências de referência”. Este artigo propõe reflexões sobre essas questões, valendo-se da bibliografia que as aborda. Além disso, seguindo as formulações de Chervel, apresenta os tópicos de pesquisa sobre o tema. Também sugere itens ainda em aberto, que demandam mais pesquisa.</p> Kazumi Munakata Copyright (c) 2025 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 11 21 10.33025/grgcp2.v11i21.4747 Percursos metodológicos de pesquisa em História da Geografia Escolar: das fontes materiais à construção de repositório digital https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4748 <p>A realização de pesquisas sobre a História da Geografia Escolar é sempre acompanhada pelo desafio de apropriação de procedimentos pouco presentes no arsenal metodológico utilizado na ciência geográfica. O texto ora apresentado resulta do desenvolvimento do projeto de pesquisa denominado “Fontes para a História da Geografia Escolar: leis, livros didáticos, currículos e programas das províncias do Brasil”. Essa investigação tem como objetivo principal criar um repositório digital (<em>site</em>) que reúna e disponibilize documentos históricos digitalizados acerca da disciplina escolar Geografia em quatro províncias/estados do Brasil (Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo), entre o século XIX e 1930. Ao caracterizarmos esta como uma pesquisa de base, pois permitirá o desenvolvimento de diversos outros estudos resultantes da análise dos documentos disponibilizados no espaço virtual do site, nos deparamos com a necessidade de aprendermos e desenvolvermos estratégias metodológicas que viabilizem a transformação de fontes materiais diversas em documentos digitais. Assim, este texto pretende responder a um dos objetivos específicos do projeto de pesquisa ao&nbsp; apresentar elementos para subsidiar o debate para construção de referencial teórico-metodológico que auxilie a coleta, seleção, digitalização e publicação de documentos acessados em diferentes instituições das províncias/estados pesquisados. Diante disso, apresentamos o caminho metodológico utilizado pela pesquisa no trabalho de coleta, seleção, digitalização e publicação de livros didáticos encontrados sobre a província/estado de Pernambuco.</p> Luiz Eugênio Carvalho Maria Deusia Lima Angelo Fábio Thierry Domingues da Silva Copyright (c) 2025 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 23 34 10.33025/grgcp2.v11i21.4748 O material didático para o ensino de Geografia como espaço de disputa da docência e da Geografia Escolar: notas ao debate https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4306 <p>O presente texto tem como principal objetivo problematizar os sentidos que o material didático para o ensino de geografia tem assumido no contexto contemporâneo. Articulando a proposta freireana da denúncia-anúncio, partimos da crítica ao material didático como fronteira da privatização da educação pública, assentado na forma-conteúdo das sequências didáticas e apostilas padronizadas, problematizando os possíveis efeitos que o mesmo tem produzido sobre a docência e a geografia escolar. Ao final, propomos a ideia do material didático como um espaço de criação do professor e de instauração de uma práxis docente que disputa os sentidos da geografia que se faz pela e a partir da escola.</p> Eduardo Donizeti Girotto Copyright (c) 2024 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 35 45 10.33025/grgcp2.v11i21.4306 A construção da ideologia nacional no entrelaçamento entre as Geografias Escolar e Acadêmica no Brasil (1920-1960) https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4329 <p>Qual foi a contribuição do discurso geográfico - acadêmico e escolar - para a “construção imaginada” da nação brasileira entre as décadas de 1920 e 1960? Para analisar essa problemática, estabelecemos como <em>corpus</em> fragmentos de textos e imagens presentes em alguns livros didáticos, em particular aqueles com maior tiragem e vendagem, e ainda em algumas publicações acadêmicas deste período, que traduziam as respostas dadas pela <em>intelligentsia</em> brasileira, em particular os geógrafos da época, à “questão nacional”. Se o Estado e o território encontravam-se em processo de consolidação no Brasil e como tal demandavam a construção de uma nação, quais argumentos apresentar de modo a constituir “um povo homogêneo, civilizado e particular”? Em que medida esse povo poderia “fundar uma civilização moderna nos trópicos” em direção ao progresso e ao desenvolvimento, típicos dos “países mais civilizados”? Utilizamos alguns pressupostos da Análise do Discurso e da Análise Crítica do Discurso para compreender o modo como essas questões foram apontadas e respondidas nos textos e imagens analisados, buscando as cadeias intertextuais e os efeitos de sentido que auxiliaram a construir e a consolidar a “ideologia nacional” capaz de nos “homogeneizar para dentro e simultaneamente, nos diferenciar para fora”.</p> Rogata Soares Del Gaudio Luciana Doas Gontijo Soares Copyright (c) 2024 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 47 59 10.33025/grgcp2.v11i21.4329 A Geografia Escolar na Europa e no Brasil no século XIX: começos, propósitos e perspectivas https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/3356 <p>A Geografia surge como ciência autônoma durante o século XIX. Ao mesmo tempo que se torna científica, ela, nesse contexto, se mantém como disciplina escolar revigorada, sendo uma das fundantes da escola moderna. Seu papel, inicialmente, esteve ligado à consolidação dos Estados Nacionais, a quem interessava ter no currículo uma disciplina que despertasse o interesse pelo território e fomentasse a criação de um espírito nacional. De suas origens em Alemanha e França, a Geografia chega ao Brasil, em sua vertente escolar, por meio do Imperial Colégio Pedro II, no ano de 1837. Ela é adotada como disciplina da grade curricular, permanecendo durante todo o século XIX ora com uma nomenclatura, ora com outra, e variando de seriação. Os conteúdos da Geografia escolar do Colégio Pedro II foram, inicialmente, reproduções dos mesmos conteúdos aplicados nos colégios e liceus franceses, conservando o caráter descritivo e inventariante, o que despertou a crítica de figuras públicas, como Ruy Barbosa, jurista, deputado e primeiro ministro da fazenda no período republicano no Brasil de 1889.</p> Bruno Falararo de Mello João Pedro Pezzato Christiane Fernanda da Costa Copyright (c) 2025 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 61 70 10.33025/grgcp2.v11i21.3356 Geografia Escolar e revistas de ensino: orientações metodológicas para o ensino primário entre as décadas de 1920-1930 https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4333 <p>No campo da história editorial brasileira, as revistas de caráter pedagógico assumem papel de destaque, sendo consideradas como veículo ideal de publicação e circulação de ideias. Neste sentido, as revistas de ensino foram uma forma de impresso periódico que circularam no Brasil, que buscavam (con)formar o professorado frente aos pressupostos da modernidade pedagógica, propagada pela Escola Nova. Enquanto fontes privilegiadas para compreensão das práticas escolares e da cultura produzida pela e para escola, selecionamos neste artigo a <em>Revista do Ensino</em> de Minas Gerais (1925-1940) e a <em>Revista do Ensino</em> da Paraíba (1932-1942) para tratar das proposições didáticas para a Geografia escolar no contexto de modernidade nacional e pedagógica. Nesse sentido, acreditamos que a Geografia escolar foi uma disciplina fundamental para a construção e consolidação de um projeto de nação moderna, industrial e urbana. Como procedimento metodológico, nos debruçamos na catalogação, análise e sistematização das informações das fontes documentais supracitadas. O estudo destes impressos nos possibilitou entender a política educativa no país no período estudado, a partir de suas proposições metodológicas, das suas lições e temas e o papel da Geografia escolar neste processo; bem como quão os impressos pedagógicos são férteis para a compreensão do contexto educacional em que estão inseridos, constituindo-se fontes privilegiadas para a compreensão da Geografia escolar.</p> Angelica Dias Copyright (c) 2024 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 71 87 10.33025/grgcp2.v11i21.4333 Periódico como fonte para história do saber escolar: um estudo do Boletim Paulista de Geografia https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4328 <p>O objetivo desta pesquisa consistiu em compreender historicamente o posicionamento da Seção São Paulo da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) em relação ao saber escolar, tendo como principal fonte o Boletim Paulista de Geografia, publicado de 1949 ao início da década de 1970. Compreende-se que esse periódico seja uma importante fonte de pesquisa, porque neles circularam e divulgaram os conhecimentos, as práticas e os valores da entidade. Utilizou-se como referencial Ivor Goodson no que concerne seus estudos de caráter sócio-histórico da disciplina escolar e Horácio Capel para compreender a história das associações científicas. A pesquisa evidenciou um reposicionamento da Seção São Paulo em relação ao saber escolar, quando a Geografia começou a perder espaço nos currículos oficiais, tanto no ensino básico quanto no superior.</p> Maria Rita Castro Lopes Copyright (c) 2024 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 89 101 10.33025/grgcp2.v11i21.4328 O que os livros didáticos podem nos contar sobre a Geografia Escolar do século XIX? https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4317 <p>Esse artigo versa sobre a história da Geografia Escolar e sua intrínseca relação com o livro didático. Ao questionarmos sobre o que os livros didáticos contam sobre a Geografia Escolar não obtemos uma resposta conclusiva, pois há dois séculos de produção de livros didáticos de Geografia no Brasil. A historiografia sobre a Geografia Escolar também avolumou-se nas últimas décadas e mostram a quão profícua são as pesquisas sobre essa temática. Como contribuição ao debate, este artigo traz alguns resultados de uma pesquisa desenvolvida a partir da relação entre os livros didáticos adotados na primeira cadeira de história e geografia da Província de São Paulo e a formação do conhecimento geográfico escolar. </p> Daniel Mendes Gomes Copyright (c) 2024 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 103 115 10.33025/grgcp2.v11i21.4317 Objetos e metodologias de ensino em “Praticas de Geographia” de Raja Gabáglia (1930): uma análise à luz da Escola Nova e da Geografia Moderna Escolar https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4320 <p>A primeira metade do século XX foi um período fundamental para a renovação da Educação brasileira. Nesse sentido, este trabalho se insere na historiografia da Geografia Escolar e busca analisar a obra “Praticas de Geographia” (1930), de Fernando Antônio Raja Gabaglia - lente da Geografia no Colégio Pedro II - identificando objetos e metodologias de ensino à luz das influências do Movimento Escola Nova e da Geografia Moderna Escolar. Como metodologia, adotamos a abordagem qualitativa da análise documental desenvolvida por Bacellar (2008), sendo necessário estabelecer alguns procedimentos básicos: contextualizar o documento; estabelecer seus critérios; avaliar suas possibilidades e particularidades; e estabelecer o olhar de historiador. Para a etapa da contextualização, é importante localizar o documento em seu contexto histórico e educacional. Dessa maneira, nos debruçamos sobre o conceito de modernidade e as transformações territoriais brasileiras no século, sobretudo após a década de 1930, que suscitou novas demandas no campo educacional. Nesse sentido, o Movimento Escola Nova e a Geografia Moderna Escolar emergiram de maneira mais enfática a partir da ideia de escola moderna. Como resultados, apontamos para a escolha das temáticas naturais como principal objeto do manual, com ênfase nos fenômenos e processos formadores da paisagem, principalmente os característicos de áreas tropicais, e à cartografia. Quanto às metodologias, identificamos a busca por promover uma aprendizagem ativa através da dimensão prática. Dessa maneira, apontamos que o manual está filiado às ideias do escolanovismo e da Geografia Moderna Escolar por meio de escolhas intencionalmente vinculadas a pressupostos positivistas de ensino ditos “modernos” à época.</p> Lucas Zanelatto Pullig Diego Carlos Pereira Copyright (c) 2024 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 117 130 10.33025/grgcp2.v11i21.4320 A circulação do livro didático de Geografia de Abade Galtier no Brasil e em países da América Latina e Europa: uma experiência de pesquisa sobre a Geografia Escolar no século XIX https://portalespiral.cp2.g12.br/index.php/GIRAMUNDO/article/view/4746 <p>Este artigo resulta de pesquisa realizada em dois projetos de pós-doutorado, o primeiro no IGOT – Portugal, entre os anos de 2015 e 2016 e o segundo na USP, entre os anos de 2023 e 2024. Os estudos tratam do livro didático <em>Leçons de Geographie par/de L’abbe Gaultier</em>, publicado inicialmente em francês, no final do século XVIII e traduzido/adaptado para o português e o espanhol e, com circulação em diversos países do mundo, no século XIX. A obra em tela foi organizada a partir de jogos, metodologia inovadora para época, entretanto, as suas traduções/adaptações nem sempre levaram em conta esta característica. O que enfatizamos neste artigo é o fato da grande circulação do livro traduzido em países da América Latina, incluindo o Brasil e na Europa. Na pesquisa conseguimos descobrir que essa obra foi referência para a Geografia que no período se difundia na escola, tanto no Brasil, quanto no México. Além disso, foi encontrado um número significativo de edições em bibliotecas da Argentina, Chile, México e Cuba, neste último país, com tradução e publicação próprias. Também localizamos muitas edições em Portugal, o que pode evidenciar a circulação dessa obra por inúmeros países. &nbsp;&nbsp;</p> Maria Adailza Martins de Albuquerque Copyright (c) 2025 Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II 2025-10-23 2025-10-23 11 21 131 144 10.33025/grgcp2.v11i21.4746